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Trechos, textos e trecos

quarta-feira, novembro 27, 2002


Por quê?

Pior do que ser traída é ficar imaginando a cena do crime. O cara com a cara no meio das pernas dela, ela gemendo de prazer, ele olhando pra ela (e pensando o quê?; o que passou pela cabeça dele? Um "oba, que tesão"?; "humm, não sei se estou gostando..."; um "vamos lá amigo, precisamos disso"; um "sexo é bom e eu estou me divertindo"; "que buceta gostosa"...). Melhor parar por aqui antes de começar a imaginar o que ele teria verbalizado. Mas a tristeza em mim queria conhecer o que houve, estar lá vendo... Uma coisa masoquista em mim me diz isso e eu acredito... Tinha que ver a cara dele cheio de tesão metendo na outra (ah, desculpem os termos, mas sou uma mulher traída...).
Domingo passado tomei um chifre bonito. Briguei com o cara no sábado e no domingo ele detonou sua libido em outra. É, as carnes estão nervosas... Não senti ciúme quando o sujeito disse que tinha feito isso, mas senti uma tristeza... Como disse Spinoza, "a tristeza é a passagem do homem, de uma perfeição maior a uma menor." Ih, dessa vez a filosofia não pôde me ajudar. Mas contra a tristeza não há ajuda, só o que podemos é senti-la até que ela passe, ou se cale num cantinho ferido do nosso coração. Snif, snif. Sou uma mulher traída...

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