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Trechos, textos e trecos

quinta-feira, setembro 25, 2003

De repente estar dançando Luka, de Suzanne Vega, me esclarece que sou feliz. Sou feliz – ó eu aqui dançando toda.


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Aos 30 e tal é quando a beleza, a sabedoria, o tesão, a liberdade, a poesia e todo o resto da vida se encontram. São os melhores momentos da vida… Vou compreendendo a vida do meu jeito.
Com a batata frita na mão, por hora, tenho tudo o que preciso para ser feliz. Esse é um ponto zero. “O começo do resto”, como já disseram, e não dou autoria de frase pela metade, cujo autor desconheço principalmente.

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Se eu já fiz isso?

O que eu fiz não tem nada a ver com você. Não serve como nenhum tipo de garantia. Se fiz, não significa que vou repetir ou que nunca mais farei (posso ter gostado!). Se não fiz, pode significar que vou querer experimentar ou que continuo não querendo.
Logo, tanto faz a resposta no que te diz respeito. A minha resposta não teria nenhum resultado prático e não estou aqui para te dar certezas, nem satisfazer suas curiosidades. Isso é falta de educação.


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 Lembro de um personagem do Hermann Hesse que sentia a vida mais tranqüila quando o taco do chão da vizinha reluzia e cheirava à cera recém-passada.
Limpeza é quase beleza, aconchego é quase amor. Com limpeza e aconchego a vida anda melhor.
E o feng shui já diz isso há muito tempo.
O mundo inteiro parece dizer as mesmas coisas.

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“A vida é uma piada” (é piada engraçada, sem graça ou daquelas que a gente não entende direito e finge que entendeu?).

Ficar constatando o tempo todo o que é a vida, ficar tirando essa ou aquela conclusão não serve pra muita coisa. Definir a vida, que a cada hora tem uma cara e um sabor, é trabalho sempre provisório. Nossos humores dão a resposta que quiserem à velha pergunta “o que é a vida?”.
Eu pensei agora que a vida não é mais nem menos do que o espaço que ocupamos enquanto existimos, isso quando é da nossa vida que falamos. A vida não é nada, e é algo que só existe quando a utilizamos. A vida é o que vivemos.
A vida pode não ser nada disso também, já que quem não vive, não comete ações enquanto respira, não deixa de ter uma vida, já que o coração bate e os pulmões seguem trocando os gases do sangue.
Mas pra que saber o que é a vida? Quem sabe poderíamos tentar responder o que está a vida... Essa é a primeira etapa de um problema maior, saber o que fazer com ela e entender o que ela pode fazer com a gente.
Estou usando verbos fortes, saber, fazer, entender. São muitas as pretensões. Não tem problema, não quero respostas, vou perguntar mais: pra que tanta pergunta? Pra que tanta vontade de saber?
A resposta que mais gosto - e é assim que escolho minhas respostas - é que ficamos perguntando pelo que não faz sentido, para ocuparmos com uma resposta que não é producente um espaço que não deveria ser preenchido com nada. A não-resposta é a melhor resposta. Não interessa!
Em Candido, de Voltaire, o personagem principal muito orgulhoso de estar questionando a vida, virando um filósofo, perguntou a um mestre da sabedoria se não era bom estar sempre querendo saber da vida, de seu significado, querendo entender o mundo e viver melhor, blá blá blá.... O sábio em pé diante da porta deu a melhor resposta, bateu a porta na cara dele. É a melhor passagem do livro pra mim.
Que infantilidade a nossa querer tantas respostas. Que arrogância. Isso é quase burrice. Não precisamos dessa resposta pra nada, e há muito mais o que fazer na vida do que responder a ela. A resposta vem das nossas próprias ações...


“O que é a vida?” - fazer essa pergunta é uma resposta. Digitar esse texto que invento é outra. Comprar tomates, lavar o chão da cozinha, escovar os dentes, dar um beijo na boca, soltar um pum, gozar... Isso tudo responde. Isso tudo é a vida. Entendeu?


Você não sabe nada da vida se precisa responder o que é a vida com uma resposta. Responda com várias, com qualquer uma que você queira e que faça sentido pra você, ou até que não faça sentido algum, porque me parece que a vida pode ser uma piada sem sentido. Mas não temos pra onde escapar. Ou melhor, a outra opção é a morte, que nem opção é, já que temos um compromisso com ela depois de algum tempo tentando entender essa primeira parte, esse antes da morte, que chamamos de vida – e quem sabe isso já sirva de resposta...

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Vida, sala de espera da morte.

Vida, contagem regressiva inacabada para a morte.


Colocaria essas opções num dicionário de palavras sem sinônimos...


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Isso está com cara de aula de filosofia popular. Mas, toscamente, podemos chegar a nossas conclusões. O ser humano vive chegando a conclusões de toda espécie, e a maioria não é mesmo dotada de cientificidade. Mas a gente acha que tudo o que pode ser pensado pode ser demonstrado e explicado. Nem sempre é assim. Podemos pensar muita coisa que não tem respaldo lógico... Muita coisa que não iremos tentar realizar. Muita coisa que não serve pra nossa vida prática ou pra nossa prática de vida, que aqui parece soar melhor.
E já me sinto migrando do assunto vida para os temas pensamento, e vizinhos, imaginação, fantasia...


Ainda bem que podemos pensar o sem sentido, perguntar pelo que não tem resposta, entender o que não tem explicação, fantasiar o que está sem graça, ver graça em coisas simples... Como a folha que ontem caiu em slow motion (ou câmera lenta pra quem é purista) na frente do meu carro, quando eu ia parando no sinal vermelho. Foi es-pe-ta-cu-lar. Caindo, caindo, passeando na frente do meu carro pro meu mais puro deleite. Era uma resposta que a vida estava me dando, resposta a uma pergunta que nem fiz... Era a natureza vivendo sem ensaios... Outro dia a natureza foi ainda mais enfática quando soltou uma folha amarelada de amendoeira sobre a minha cabeça. Não, não fiquei chateada com a sorte quase ridícula. Era a vida querendo minha atenção, e foi isso o que dei a ela.
Às vezes a vida só está querendo a nossa atenção.


Ou é a gente que está se dando importância demais, quando não se enxerga apenas como a folha que cai da árvore na hora certa, com toda a sua sabedoria. Nós já sabemos tudo o que precisamos saber para cairmos da árvore.

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Lembrança de um dia de verão que não aconteceu. A expectativa era de um dia de sol com céu muito azul, vento na medida e mar frio, encrespado e prateado, mas sem ondas fortes. A praia, Geribá, em Búzios, no meio da semana. Um dia longo, como os muitos que vivi na adolescência e no início da vida adulta, com pouco mais de vinte anos. Agora, são retratos mentais que ficaram. Ainda terei meu dia de semana naquelas areias, num cenário que dói de maravilhoso. Foi ali que passei toda minha vida de solteira (vida de solteira - que expressão ridícula), com as melhores e as piores lembranças que criei para mim.
Hoje nem me sinto mais gente dali. Minha casa ficou fechada por muito tempo, depois passou a ser alugada para temporada e acabou sendo mais dos inquilinos que da minha família. Búzios ficou mais longe e a gente passou a ter menos tempo para descansar. Depois que a casa virou renda extra, não demorou para ter status de renda fixa, e aí outra casa foi construída, na rua de trás da praia, bem menor, mas ainda em Geribá, em Búzios!
É bom saber que tenho ali uma casa sempre vazia para onde posso ir, mesmo sem poder ir nunca. Mas não tem problema. Entendo que estou vivendo outras prioridades, prioridades que assim se tornaram porque foram delegadas a segundo plano por tempo demais. E sobre o que fiz ser chato prefiro nem falar.


Andei confusa, navegando a esmo pela vida, sem saber para onde ia, para onde ela me levava. Boiava em círculos, em espirais... Deixei meus sentimentos nas mãos de homens errados, me envolvi com pessoas erradas, atravessei meu ritmo, até que resolvi me orientar de novo, voltei para a saúde, com disciplina e boa vontade comigo. Não estou mais ao sabor da correnteza. E não há correnteza que favoreça quem não sabe aonde quer ir.
Hoje sei que o doce da vida tem que ser buscado em mim. Não adianta olhar em volta e achar que está tudo errado. E eu, estou certa? O que tenho feito comigo e com os que dependem de mim? Viver dá um trabalho danado e não cometer o próximo erro é o melhor que podemos fazer. Ficar de olho no aqui e agora, não só budisticamente falando, mas evitando novos problemas. Não adiar a vida. Não podemos adiá-la, porque depois não há como usufruir o tempo não vivido.
O tempo não vivido – o que é isso? Não sabemos. E o melhor é não termos que nos preocupar com essa pergunta. Pergunta que só fazemos quando algo saiu errado. Não ser feliz é resultado de uma vida mal vivida? Ser feliz é responsabilidade nossa? O que é ser feliz? O que te faz feliz? Ser feliz é a ausência de sofrimento, como bem disse Schopenhauer. Sempre ele, meu filósofo preferido, não só pelo que diz, mas pelo que compreendo.

Filosofia é legal, mas às vezes torra. Essa eterna racionalidade sobre a vida... Será que a vida é mesmo para ser compreendida? Só quem não sabe viver precisa entender a vida. Quem a vive direito já sabe o que ela é por instinto.

Queria viver a vida como quem sabe o que é certo e errado, como quem nem se preocupa em decidir o tempo todo o que fazer, como quem não trava diante dos pequenos problemas e não os deixa crescer e virar problemas para a vida inteira, como sempre faço com os meus. Saber esquecer o que viveu, saber que o que viveu não mais te pertence. Deixar de conversar a vida e vivê-la com sabedoria. A vida me dá náuseas, e lendo aqui e ali soube que deu em Sartre também, deu em Clarice Lispector, deu em Henry Miller, em Hermann Hesse - ou em seus personagens, sei lá. Deu em Voltaire, em muita gente boa que um dia se pegou vivendo e estranhou...

E a vida virou assunto de livro de auto-ajuda. Detesto esse rótulo. Detesto rótulos. Auto-ajuda... Que termo miserável para um assunto tão importante. Que coisa de mau gosto. Eu que comecei me ajudando com Carlos Castañeda e Clarice Lispector, que comecei a ler filosofia lá pelos 19 anos. Vejo que tem muita gente lendo o que não deve, dizendo o que não sabe, querendo se auto-ajudar com lixo literário.
Não que eu não seja meio trash, mas não quero ajudar ninguém a não ser eu mesma, e isso está difícil demais. Como pretender ajudar o outro a ser quem ele não quer ser? Como fazer alguém querer ser um pouco melhor? Quem resolve o que é certo ou errado no que diz respeito a estilo de vida? Cada um tem seu ritmo e suas possibilidades. Se a vida parece não estar dando certo, você que procure viver melhor, ver o que tem de errado com suas escolhas. Costuma ser isso. Mas não sou eu que vou escolher no seu lugar. Tenho o meu lugar para ocupar e isso já é um incômodo. Às vezes queria poder viver menor, mais quietinha, com menos dinheiro, com mais sabor nas pequenas coisas, e vejo, na primeira falta de grana, que fizemos da vida sem dinheiro algo impossível.


Destruir a própria vida é um direito de todos. Eu vejo pessoas se suicidando a prestação e não tenho como ajudá-las. Tenho que me ajudar, e esses que se destroem acham que estão fazendo a escolha certa. Cansei de mostrar que viver seguro é melhor, viver com disciplina e respeito por si mesmo é mais fácil e dói menos. O que posso fazer se o mercado da auto-sabotagem é tão forte? Cigarros, bebidas, drogas, comidas em excesso, sexo em excesso... Sempre existe um jeito da gente impregnar a vida de coisas que não nos melhoram o viver. Não sou eu que vou tentar convencer marmanjo de que sei viver melhor que ele... Isso é prepotência. Só luto contra a violência a terceiro; no mais, que cada um tente se cuidar melhor ou se descuidar como bem entender, mas deixem o vizinho em paz.


Não vou aqui ficar dizendo o que nem sei se penso, o que nem acredito. Não sei como lidar com a vida dos outros. Isso não é problema meu. Se quiserem minha opinião, tento entender e ajudar. Podem contar comigo, mas não me peçam para cair no buraco junto, porque eu tenho um buraco em mim, que é existencial, e não quero mais encrenca, não.



Aí, quer saber, estou pronta pra vida – quando é que ela começa? Já começou, né? Mas e aí, estar preparada serve para quê? Vai evitar novas decepções? Será que os que forem jogar comigo estão preparados também?Ou vou ter que me confrontar com a estupidez humana a toda hora? Vou, claro. E estar preparada é estar preparada para isso também. Não tenho mais tanta ansiedade em ver as coisas darem certo, sei que às vezes não dão. E também temos que saber usar o erro como ponto de partida para algo melhor. Temos que ter criatividade, saber relevar o ruim, ou o mundo maravilhoso que procuramos nunca será possível. O impossível é uma meta imaginária para um caminho possível. Comecei a me perder nas palavras, ou elas começaram a ser incapazes de dizer o que sinto. Nunca soube me expressar direito, nunca consegui me interpretar rapidamente. A pressa menospreza os detalhes e distorce a verdade, disso já sei. E vou despejando palavras, como quem joga leite fora para ficar só com o soro. E essa foi uma comparação infeliz. Não estou mais conseguindo dizer nada. Daqui a pouco virá o melhor. O que não pretende dizer nada e diz. O essencial e incompreensível de mim.
E cá entre nós, de onde tirei a idéia de que minha vida possa interessar a alguém se mal interessa a mim mesma?

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Gripe e poesia

Estou gripada, congestionada e ri quando usei a palavra congestionada – sou congestionada, tenho uma vida congestionada de acontecimentos, tarefas, pessoas e pequenos problemas, e quando me pego gripada sinto um mal estar quase existencial – como a náusea de Sartre. Uma gripe existencial, antes de ser na carne – que é mesmo onde tudo dói afinal.
E, estando frágil, fico sensível (não sinto essas palavras como sinônimas, se você as sente, descarte a que preferir – preferir descartar, claro), poética, triste e feliz da vida. Sorrio e choro com mais facilidade e já não respiro direito, porque o ar não passa pelo nariz com facilidade. Mas o coração está cheio de vida e minha cabeça vazia de idéias – e é assim que eu gosto dela, detesto ter idéias demais, perguntas demais, respostas demais (fica parecendo uma sabatina interna). Quero estar mais vazia para poder me sentir mais plena da minha essência.
E sinto a vida ser bela sem ser clichê.

(autobiografia de alguém que poderia ser eu).


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Estou tomando conta de mim


Decidi viver direito, é isso; mas não vou ser moça de manual de boas maneiras nunca, nem vem...
Estou pondo a vida em dia, olhando de novo pra mim, me ajudando a ser alguém. Sabe quando você resolve escovar os dentes devagar, não negligenciar o fio dental? Estou cidadã de mim mesma, me merecendo mais.
Estou em vida, indo, em trânsito, me ocupando de mim. Não estou pensativa, nem reflexiva, nem nada, já fiz muito isso, estou na fase seguinte, entende? Agora estou na etapa fazer.

Sim, mas e daí? E daí nada, só estou dizendo o que está acontecendo.

Escrevo assim mesmo, não estamos no terceiro milênio, todos morrendo de pressa? Vou escrevendo como quem transborda de si. Gosto dessa sensação de não me caber.

E escrever, o que é? Às vezes acho meio esquisito ficar conversando com o computador, ele não me responde, não participa. Sento aqui em frente ao monitor e começo a digitar umas coisas que nem sei para o que servem... Escrever é conversar sozinha? Não é um pouco esquizofrênico? Bem, pelo menos até que alguém leia, me parece.


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Papo Rádio

Estava quieta, ouvindo música sem prestar muita atenção quando um ouvinte todo brother me liga. “Aí, falei com você ontem, né? Dá pra tocar Romeo and Juliet do Dire Straits?”. Eu: não foi comigo que você falou ontem; não dá pra tocar porque não está programada, e não tenho como programar música, liga amanhã às duas da tarde e fala com a programação.
Gente, rádio não é disque-música... Já pensou se eu saísse tocando o que me pedem? Como teria tudo à mão? Como fazer a rádio funcionar direito desse jeito? Se bem que tenho algumas idéias para rádio. Uma é atender alguns pedidos durante a programação normal, tocar umas três músicas no máximo que fossem pedidas ao locutor; outra idéia é o próprio locutor ter o seu momento e incluir umas duas músicas por dia de trabalho. Mas o legal seria dizer que estava atendendo a pedidos e dizer que ia tocar uma selecionada por ele, contar uma historinha rápida sobre o porquê, se houvesse um porquê, fazer uma coisa mais humana, mais normal, como quando você mostra uma música para um amigo em casa. Tempero tempestivo. Se não pintasse telefonema ou idéia, seguia-se a rotina.
Por que se faz rádio sempre seguindo velhas fórmulas? Somos tão formais no dial. Até numa rádio jovem vê-se que é tudo montado, produzido... São jovens com atitude pseudojovem. E quem foi que disse que jovem é feliz o tempo todo e só gosta de música acelerada? Veículo de massa esmaga toda singularidade humana, relega todas as idiossincrasias, que faz de cada um um. Ouvintes são pontos de audiência, mas eu me sinto falando com cada um deles, já que sou escutada como uma só.
E talvez essa seja a maneira mais simples de dizer o que sinto ou como sinto o que é fazer locução. Eu não me sinto falando para o coletivo (sem trocadilho, que não se trata de ônibus!), falo com uma pessoa, que não especifico homem ou mulher - é um espírito, uma inteligência. Eu me dirijo a quem me ouve verdadeiramente e tenho intimidade e afeição quando converso com o ouvinte. Ele não me responde na hora, mas sei que está do outro lado, do mesmo jeito que é quando falo no telefone com um amigo. Quando abro o microfone abro um canal muito especial, e isso não é para enaltecer quem nem conheço. Alguém está lá como eu estou aqui em frente ao microfone. Falar para os ouvintes é meio como conversar comigo, fico muito à vontade, como se quem me ouvisse me conhecesse. Sou íntima do ouvinte desde já. E intimidade é palavra que não rima com mentira, nem com vulgaridade, e sim com respeito, dedicação e entrega. Gostei de quase explicar como é estar no ar, é estar em boa companhia, mas não em frente a uma platéia, ali estamos só eu e o ouvinte imaginário, que nem traduzo em sexo, cor, idade, classe social. O ouvinte é antes de mais nada alguém que me faz companhia.

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Ser feliz é a maior mentira que a gente inventa para agüentar a vida.


De vez em quando invento umas frases assim. Nem explico.

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