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Trechos, textos e trecos

sexta-feira, outubro 29, 2004



Rita estava livre. Livre de seu cativeiro auto-destruidor. Não teria mais que continuar aquele relacionamento sem sorte. Seu corpo ainda sentia o resto do gosto daquele homem. Assunto pra resolver com o próximo. Ia acontecer. Não foi o primeiro fim que vivera. Vida nova, inteiramente nova. Uma hora se pegou cantando Maria Bethânia de uma maneira totalmente entregue, cheia de autoridade de mulher. Quando as letras da Bethânia começam a fazer sentido na carne, a maturidade se instalou, definitivamente. Já cantava até Gilberto Gil : "Tempo, tempo, tempo, tempo"... Tudo passa. É a impermanência. As horas, os dias, as estações. Está tudo em constante movimento, como dizia Heráclito, o zenbudismo, o budismo de qualquer origem, a própria existência, toda a filosofia... Tudo transcende o momento.Todo antes já foi futuro. Todo agora já foi futuro. Tudo o que vier será passado.

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